Centrais Sindicais e CNBB se aliam para barrar reforma da Previdência

Nesta sexta-feira (26) em Brasília, lideranças das centrais sindicais – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Única dos Talhadores (CUT), CSP-Condutas, Nova Central Sindical (NCST), Intersindical e Central dos Sindicatos Brasileiros – se reuniram com o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, para discutir a proposta de reforma da Previdência (PEC 06/2019), que tramita na Câmara dos Deputados por iniciativa do governo Bolsonaro.

100 dias de governo Bolsonaro. Bolsonaro e as milícias

No dia 12 de Março assistimos, perplexos ou cínicos, a Polícia Civil e o Ministério Público apresentarem o policial militar reformado Ronnie Lessa e policial militar expulso da corporação Elcio Vieira de Queiroz como os assassinos da vereadora do PSOL Marielle Franco[1]. Mas esse não era o fim da história: a imprensa questionou os agentes de segurança sobre as relações entre Lessa e a família Bolsonaro: o filho do presidente que namorou a filha de Lessa, o fato de Lessa e Bolsonaro serem vizinhos de rua no mesmo condomínio da Barra; etc.

Ditadura Civil-Militar no Brasil (1964-1985): nada a ‘devidamente comemorar’, apenas a repudiar

Em 25 de março de 2019, o presidente do Brasil Jair Bolsonaro, recém eleito e empossado com uma agenda de extrema direita, indicou aos quartéis que fizessem a « devida comemoração » do golpe militar de 1964. Não é nenhuma surpresa, considerando que durante anos sustentou na porta de seu gabinete de deputado federal um cartaz onde dizia que « quem procura osso é cachorro », referindo-se de forma pusilânime ao périplo árduo e sofrido de famílias e amigos em busca dos mortos e desaparecidos produzidos pelo regime. Após o elogio à Carlos Alberto Brilhante Ustra, coronel que esteve à frente da tortura nos porões da ditadura militar, por ocasião do voto pelo impeachment da presidenta Dilma Roussef, realizado então pelo deputado, não se poderia esperar outra coisa. Até o presidente atual do Chile, Sebastian Piñera, insuspeito de esquerdismo, considerou « infelizes » as declarações bizarras e agressivas proferidas por Bolsonaro e sua equipe em visita recente àquele país. Ali morreram, sumiram ou foram torturadas 38.254 pessoas, oficialmente constatadas por três Comissões da Verdade institucionais.